Já se preparou para o reajuste CMED deste ano? Confira algumas dicas para não perder rentabilidade.
Neste conteúdo, você entenderá o que é o reajuste CMED, quais são os critérios usados para o seu cálculo, impactos para as farmácias e como se preparar. Acompanhe.

O que é o reajuste CMED e quando acontece?
Anualmente, acontece o reajuste CMED no Brasil. Trata-se da alteração dos preços de medicamentos, regulamentada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
As mudanças podem impactar consideravelmente a precificação do varejo farmacêutico. Por isso, é imprescindível compreendê-las e como trabalhar as margens diante dessas modificações.
Ou seja, o reajuste CMED é a atualização anual dos preços de remédios. Ele é realizado pelo órgão interministerial, que estabelece diretrizes para essas mudanças. O objetivo é o equilíbrio entre a acessibilidade dos medicamentos e a sustentabilidade econômica do setor.
A portaria oficial que define os percentuais de aumento geralmente é divulgada no final do terceiro mês do ano. Assim, a vigência da modificação se dá a partir de 31 de março.
Quais as projeção de aumento para 2025?
Para este ano, estimativas de O Globo apontam um reajuste médio de aproximadamente 3,9%. O percentual é inferior à inflação acumulada prevista para o período, que é de 6,1%.
Análises do Valor Econômico com informações de bancos como BTG, Citi, Goldman Sachs, Itaú BBA e XP corroboram a informação, com projeção média de 3,8%.
Qual o histórico de reajustes CMED?
Confira a média dos últimos aumentos de medicamentos:
Ano | Reajuste máximo (%) |
2015 | 7,70 |
2016 | 12,50 |
2017 | 4,76 |
2018 | 2,84 |
2019 | 4,33 |
2020 | 5,21 |
2021 | 10,08 |
2022 | 10,89 |
2023 | 5,60 |
2024 | 4,50 |
2025 | 3,90 (estimado) |
Como o reajuste CMED é calculado?
A CMED utiliza uma fórmula que considera diversos fatores para chegar ao percentual de reajuste dos medicamentos. Então, ele é calculado desta forma:
Variação Percentual do Preço do Medicamento (VPP) = IPCA – X + Y + Z
Em que:
- Inflação acumulada (IPCA): Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a variação de preços no país;
- Fator X: Representa o nível de produtividade repassado ao consumidor;
- Fator Y: Reflete o ajuste de preços relativos entre setores econômicos;
- Fator Z: Ajusta os preços com base no mercado externo, definido pela CMED em função da produtividade do setor.
Logo, uma série de aspectos econômicos são considerados para que o órgão chegue ao valor real do reajuste dos medicamentos.
O que é a tabela de competitividade do reajuste CMED?
Além da fórmula, é preciso levar em conta outro elemento na formação do novo preço: a tabela de competitividade. Os medicamentos são classificados em três níveis de competitividade, que influenciam os percentuais de reajuste:
- Nível 1: produtos com maior competitividade, geralmente aqueles com várias alternativas no mercado — como dipirona e paracetamol;
- Nível 2: itens de competitividade intermediária, com algumas opções substitutas — como anti-hipertensivos e medicamentos para colesterol;
- Nível 3: produtos com menor concorrência, muitas vezes monopolizados por poucas empresas — como medicamentos biológicos e órfãos (para pacientes com doenças raras).
Em 2025, a expectativa é que o reajuste dos preços dos medicamentos fique entre 2,5% e 5%, conforme o nível de competitividade.
Quais são os impactos do reajuste CMED no varejo farmacêutico?
O reajuste CMED pode gerar diversas implicações para o varejo farmacêutico. Por isso, é essencial entender esses impactos para adaptar as estratégias de precificação e negociação. Entre os principais impactos no varejo farmacêutico, podemos mencionar:
- alteração nas margens de lucro: o aumento dos preços pode reduzir a lucratividade, especialmente em produtos de alta rotatividade;
- pressão nas estratégias de precificação: farmácias precisam ajustar seu pricing com cautela para não perder competitividade;
- necessidade de renegociação com fornecedores: é importante revisar contratos para buscar condições mais vantajosas;
- ajustes operacionais: a atualização de sistemas e a revisão de políticas de preço são essenciais;
- repercussão no atendimento ao cliente: aumentar os números nas etiquetas pode afetar a percepção de valor pelos consumidores;
- necessidade de monitoramento constante: acompanhar as mudanças da concorrência e do mercado garante a manutenção da competitividade.
Com a preparação adequada, os varejistas conseguem minimizar os efeitos do reajuste e manter sua operação estável.
Como as farmácias podem se preparar para o reajuste CMED?
Diante de um cenário de alta nos preços, o que o varejo pode fazer para minimizar impactos? A seguir, veremos boas práticas.
Faça a revisão de custos e margens
Analise detalhadamente os gastos e lucratividade para antecipar os efeitos do reajuste. Isso permite tomar decisões informadas sobre onde absorver aumentos e onde repassá-los ao consumidor.
Renegocie com fornecedores
A revisão dos contratos e busca por condições mais vantajosas podem diminuir possíveis impactos negativos da mudança. Alternativas de fornecimento e negociações mais flexíveis ajudam a mitigar o repasse direto ao consumidor.
Elabore um planejamento de estratégias de marketing e vendas
Campanhas promocionais e programas de fidelidade ajudam a suavizar a percepção do aumento. Bundles e descontos progressivos são ações que podem ser usadas para manter a atratividade dos produtos.
Treine a equipe
Capacitar os colaboradores para que compreendam os reajustes e saibam comunicá-los aos clientes de forma clara e confiante ajuda a manter a transparência da marca.
Monitore o mercado e a concorrência
Acompanhe as estratégias dos concorrentes para manter a competitividade e garantir uma percepção positiva dos preços praticados. Neste sentido, você pode contar com a InfoPrice para monitorar bilhões de preços do mercado. Saiba mais sobre o maior painel de pesquisa de preços do Brasil, ISA — InfoPanel.
Atualize sistemas de precificação
Ferramentas de inteligência de preço são essenciais para monitorar as mudanças regulatórias e ajustar os valores de forma dinâmica e estratégica. Com IPA — Software de Precificação, você tem precisão e agilidade para uma gestão assertiva.
Conte com a InfoPrice para mitigar impactos do reajuste CMED
As soluções ISA – InfoPanel e IPA – Software de Precificação o ajudarão a tomar decisões baseadas em dados. A inovação tecnológica também permite identificar tendências e ajustar ações de forma rápida.
Além disso, os insights gerados colaboram para proteger margens de lucro e a manter a competitividade. Assim, a automação e o acesso a informações atualizadas transformam desafios em oportunidades e contribuem para o sucesso do negócio.
Então, prepare-se para enfrentar o reajuste CMED protegendo as suas margens de lucro. Conheça detalhes sobre as soluções InfoPrice para farmácia e agende uma demonstração.