pessoas trabalhado para ilustrar a definição do markup

Markup: o que é? Qual o risco para mercados e farmácias?

Você sabe quais são os riscos de usar apenas o Markup como estratégia de precificação no varejo? Descubra a seguir.

Entender como precificar corretamente um produto é um dos principais desafios no varejo. E, por isso, muitos profissionais de supermercados e farmácias ainda recorrem ao uso do markup como método para formar preços. 

Apesar de prático, o modelo pode trazer riscos à lucratividade e à competitividade do negócio. Afinal, existem certos desajustes nesse formato que são capazes de prejudicar os resultados do negócio.

Pensando sobre isso, elaboramos este artigo para explicar o que é markup, suas vantagens e limitações, além de explorarmos alternativas para quem busca crescer com segurança. Confira. 

O que é markup?

Markup é um índice usado para definir o preço de venda com base no custo de aquisição do produto. A ideia é aplicar um percentual sobre o custo a fim de cobrir despesas e gerar lucro para o negócio. Por exemplo, se um produto custa R$10 e o markup é de 100%, o preço de venda será R$20.

Existem algumas fórmulas comuns. Entre elas, estão:

  • Markup sobre custo: Preço de venda = Custo do produto × (1 + percentual de markup)
  • Markup sobre preço de venda: Markup = (Preço de venda – Custo) ÷ Preço de venda

Ambas as fórmulas buscam padronizar margens, mas produzem efeitos diferentes dependendo do cenário e da sensibilidade da categoria.

Por que o markup é tão utilizado no varejo?

Entre os motivos que tornam o modelo tão adotado no pricing de supermercados e farmácias, estão os seguintes:

Facilidade de aplicação

A lógica do markup é simples e pode ser usada até sem sistemas automatizados. Basta ter o custo e o percentual desejado.

Simplicidade operacional

No fluxo acelerado de lojas e estoques, o markup ajuda a manter a operação em funcionamento sem exigir análises complexas.

Cultura tradicional no setor

O método está presente há décadas nas rotinas do varejo. Muitos gestores aprenderam a precificar assim e mantêm o hábito por familiaridade.

Quais são as vantagens do uso de markup para o varejo?

Considerando a sua facilidade de aplicação, simplicidade operacional e cultura enraizada, destacam-se os seguintes aspectos vantajosos do markup:

  • Rápida implementação: aplicar o método não exige muito esforço e, em poucos minutos, uma tabela de preços pode estar pronta para rodar no sistema;
  • Padronização de margens: com um percentual fixo, o negócio garante que todos os produtos terão pelo menos a margem mínima planejada;
  • Controle básico de margem bruta: em cenários de baixa concorrência ou em categorias pouco sensíveis, o markup ajuda a manter previsibilidade nos resultados.

Quais são as desvantagens e riscos do uso de markup?

Ao mesmo tempo em que ele pode ser uma solução ágil e simples, o modelo apresenta desvantagens que precisam ser consideradas pelo varejo. Entre elas, estão:

Ignora a percepção de valor do cliente 

O cliente não enxerga o custo do produto, mas sim o benefício percebido. Um preço calculado apenas com base no custo pode parecer distorcido pelo público.

Não considera o preço da concorrência

Aplicar markup fixo sem avaliar o mercado pode gerar preços acima da média, afastando consumidores.

Pode gerar preços inviáveis em categorias sensíveis

Em itens de primeira necessidade, como arroz e medicamentos, um pequeno desvio de preço pode impactar drasticamente o volume de vendas.

Prejudica o giro e a margem em produtos com comportamento de demanda elástico ou inelástico

Produtos com alta elasticidade — ou seja, sensíveis ao preço — precisam de atenção especial. O mesmo vale para os que têm baixa elasticidade e podem absorver margens maiores. O markup ignora esse tipo de análise.

Exemplos práticos: como o markup pode se comportar negativamente no varejo?

Imagine um saco de arroz vendido em um supermercado ao preço de R$15 (cujo valor foi encontrado após aplicação de 100% de markup). O concorrente vende o mesmo item por R$12. O consumidor nota a diferença e troca de loja. Resultado? Menor giro de estoque, perda de vendas e queda na receita.

Considere ainda que um medicamento com custo de R$40 e markup de 80% sai por R$72. Mas farmácias vizinhas vendem o mesmo item por R$59. O consumidor procura alternativas mais acessíveis, e a farmácia perde competitividade e fidelização.

Outro exemplo da aplicação desvantajosa dessa estratégia p pode ser visto em um item sazonal, como o repelente de insetos, que tende a vender mais no verão. Com uma margem fixa, o preço pode subir em um momento de alta demanda. O consumidor desiste da compra ou busca outro canal. Nesse cenário, as vendas caem e o estoque encalha.

Quais são as alternativas mais eficazes ao markup simples?

Diante dos riscos que o modelo gera ao varejo, é importante contar com opções mais flexíveis, estratégicas e modernas. A seguir, selecionamos alternativas eficazes de pricing!

Precificação baseada em valor percebido

Com ela, o preço se ajusta ao que o consumidor está disposto a pagar, considerando benefícios, marca e diferenciais. Essa abordagem conecta preço e percepção de valor.

Precificação dinâmica com apoio de tecnologia e dados de mercado

Com ferramentas como a ISA e a IPA da InfoPrice, é possível cruzar dados internos com informações externas — como preço da concorrência e comportamento do consumidor — e adaptar os valores em tempo real.

Segmentação de categorias e elasticidade de preço como estratégia

Ao separar os produtos por sensibilidade de preço e tipo de demanda, o varejo ganha precisão na formação de preços. Produtos essenciais exigem uma lógica diferente dos itens por impulso ou de alto valor agregado.

Essa estratégia realmente vale a pena para você?

O uso do markup não precisa ser eliminado, mas não pode ser a única estratégia de precificação. Em um mercado competitivo, ele serve como ponto de partida, porém não garante lucro nem competitividade.

Profissionais que desejam crescer e proteger sua margem precisam ir além. Incorporar dados, entender o comportamento do consumidor e adotar ferramentas de gestão de preços ajudam a tomar decisões mais inteligentes. 

A precificação precisa ser tão estratégica quanto qualquer outra área da operação. Para isso, conte com as ferramentas de pricing da InfoPrice. Unimos tecnologia e inteligência de mercado para elevar a eficiência e o desempenho da precificação de supermercados e farmácias.

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