Internet das coisas (de Internet of Things ou IoT) é o termo utilizado para descrever a interação e conexão de dispositivos comuns e eletrodomésticos do “mundo físico” com a internet. Dessa forma, com a tecnologia, todo tipo de dispositivo pode se conectar à internet, desde itens domésticos simples até sistemas eletrônicos arrojados usados no varejo. Esta tecnologia deixou de ser uma novidade e é essencial que empresas do mundo físico saibam aplicar a internet das coisas no varejo!
Muitos lojistas offline, já começaram a investir na internet das coisas no varejo com o objetivo de criar maior proximidade entre os clientes e seus produtos e torná-los mais interativos, informativos e atraentes.
Para se ter uma ideia, as tecnologias de IoT mais utilizadas no Brasil chegaram a movimentar US$1,7 bilhão no ano passado (2016), segundo o Índice Qualcomm da Sociedade da Inovação (QuISI). Outro estudo, este da empresa de soluções e serviços Zebra Technologies, prevê que 70% dos varejistas deverão investir em tecnologias IoT para melhorar a experiência do cliente até o ano de 2021.
A urgência em se destacar dos concorrentes pode explicar em partes esse crescimento das tecnologias de internet das coisas no varejo, mas muitas vezes a criatividade em inovar e entender como aplicá-la corretamente no negócio pode se tornar um obstáculo. Nestes casos, o melhor é que o gestor analise bem o próprio negócio, concorrentes, conheça seus pontos fortes e produtos com maior competitividade e comece a trabalhar um planejamento em cima deles.
Abaixo separamos benchmarks que mostram como algumas empresas já utilizam o conceito de forma positiva e podem servir de inspiração para seu próprio negócio. Confira!
Espelhos inteligentes na loja Rebecca Minkoff e a Internet das Coisas no Varejo!
Na loja americana Rebeca Minkoff, o cliente consegue navegar pela coleção por meio de uma parede interativa, selecionando as peças de seu interesse e até mesmo pedindo uma bebida para saborear durante a espera pelo atendimento. Quando as peças já estão disponibilizadas no provador, o cliente é avisado via mensagem de texto. No provador, há ainda um espelho inteligente onde os clientes podem solicitar novas peças, ajustar a luminosidade, salvar preferências e receber dicas de estilo tudo com a ajuda da tecnologia.
Descontos do dia e recomendação de produtos com base em perfil de consumo
O experimento foi feito pela rede de departamentos Target em 50 pontos de venda espalhados nas cidades de Chicago, Nova York, Pittsburgh, Portland, San Francisco e Seattle. A tecnologia beacons (dispositivo minúsculo que emite sinais via bluetooth) é integrada a um aplicativo criado pela varejista e quando os clientes entram nas lojas podem receber no app algumas indicações de produtos em oferta e recomendação de compra com base no perfil de consumo. Para que tudo funcione, o cliente só precisa baixar o aplicativo da empresa para iPhone e estar com o bluetooth ligado para poder compartilhar sua localização com a rede.
Personalização e retargeting offline tão eficientes quanto do e-commerce
De olho na IoT, a rede de drogarias Rite Aid já começou a apostar em levantar mais informações sobre seus clientes via beacons. A tecnologia foi inserida em suas mais de 4500 drogarias nos EUA e pretende obter informações tão qualificadas sobre os clientes como os e-commerces já conseguem levantar hoje em dia. Dessa maneira, poderão personalizar a experiência de compra e investir em estratégias de ofertas de retargeting offline. Um desafio é que as pessoas mais inclinadas a interagir com essas tecnologias são da geração millennial, nascidos por volta dos anos 80 e 90 e que viveram a juventude na virada do milênio, durante a popularização do uso da internet. Já os clientes da Rite Aid costumam ser um pouco mais velhos, o que torna necessário uma etapa de educação do consumidor sobre os beacons e vantagens de baixar o aplicativo criado pela rede.
Você já utiliza a internet das coisas no varejo? Como faz para engajar os clientes de sua loja?