O avanço das tecnologias tem mudado a indústria há séculos. As recentes inovações tecnológicas estão acelerando as transformações no setor. Prova disso é o advento da Indústria 5.0 e, até mesmo, da Indústria 6.0 — mesmo que o estágio 4.0 ainda não tenha se popularizado no Brasil.
Agora, você pode se perguntar: o que esperar desses novos panoramas? O que mudou e como os negócios podem se adaptar a esse cenário tão veloz? Vamos conversar sobre o tema, a seguir!
O que é Indústria 5.0?
Naturalmente, a Indústria 5.0 é uma evolução da 4.0. A principal diferença entre elas está no foco. Enquanto a Indústria 4.0 enfatiza a automação e a conectividade entre máquinas, a 5.0 valoriza a colaboração entre pessoas e robôs, humanizando os processos produtivos.
Dessa maneira, a Indústria 5.0 é focada na integração da tecnologia com os indivíduos. A sua ideia central é a sinergia entre máquinas e humanos, agregando valor à produção personalizada.
As principais características da Indústria 5.0 incluem:
- personalização em massa, com produtos feitos sob medida para cada cliente;
- integração de tecnologias, a exemplo da Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial (IA) e robôs colaborativos (cobots).
No Brasil, a Indústria 5.0 vem ganhando espaço aos poucos. Exemplo é a utilização de cobots na linha de montagem de automóveis. A evolução segue lenta, como aponta o relatório World Robotics 2023. A International Federation of Robotics afirma que 1.858 robôs foram instalados no país em 2022.
O que é Indústria 6.0?
Como é de se esperar, a Indústria 6.0 é uma evolução da Indústria 5.0. A nova versão integra inteligência artificial avançada e redes neurais para promover uma automação total e sistemas autônomos.
Logo, o conceito é caracterizado pela hiperconectividade e uma Internet das Coisas aprimorada. Então, os dispositivos e sistemas se comunicam em tempo real e de forma eficiente, elevando o nível de precisão e a capacidade de resposta das operações industriais.
Entre os principais aspectos da Indústria 6.0, podemos mencionar:
- aplicação de IA avançada, capaz de tomar decisões complexas e otimizar processos sem a necessidade de intervenção humana constante;
- redes neurais evoluídas, que permitem que os sistemas aprendam e se adaptem continuamente;
- automação total, que torna os processos mais rápidos e seguros, com máquinas capazes de operar de forma autônoma em ambientes industriais complexos.
A Indústria 6.0 ainda está em fase inicial no Brasil, engatinhando no setor industrial. Mas, as suas perspectivas são promissoras. O Open Finance, sistema financeiro aberto brasileiro, é um exemplo de uso de redes neurais para conectar instituições e clientes.
Principais mudanças da Indústria 5.0 para a Indústria 6.0
Você conferiu a evolução industrial mais recente. Agora, está na hora de entender com detalhes o que mudou de uma fase para outra.
O primeiro ponto a ser observado é que, enquanto a Indústria 5.0 foca na colaboração entre humanos e robôs, a Indústria 6.0 integra inteligência artificial avançada e redes neurais. Assim, o estágio avançado possibilita que sistemas autônomos operem sem intervenção humana frequente.
Essa evolução é um aprimoramento da interação homem-máquina, tornando-a mais sofisticada e efetiva para os negócios.
Com a automação total e a conectividade hiper-avançada, a Indústria 6.0 aumenta drasticamente a eficiência e reduz custos operacionais. Logo, ela amplia a sua capacidade para otimizar processos e minimizar falhas.
Além disso, a IoT aprimorada facilita a comunicação entre dispositivos, promovendo uma gestão integrada e responsiva das operações. Dessa forma, a indústria tem mais controle sobre o trabalho realizado, com mais chances de aperfeiçoar as suas entregas.
Outro ponto importante a ser observado é que a nova era industrial demanda habilidades especializadas dos trabalhadores. Mais do que nunca, as pessoas precisam se adaptar às tecnologias emergentes e assumir funções mais estratégicas e criativas.
Por fim, vale destacar que a sustentabilidade e impacto ambiental também ganham destaque com a Indústria 6.0. A mais recente fase industrial busca adequação a aspectos de governança ambiental, social e corporativa (ESG).
Como se adaptar à Indústria 6.0?
Diante do avanço da tecnologia e da integração humana com ela, como as empresas podem se ambientar, de modo competitivo, nesse novo cenário? Confira boas práticas!
Entenda o cenário
O primeiro passo é o entendimento sobre o atual estágio tecnológico em que se encontra a empresa, além dos seus objetivos de negócio. Então, é preciso avaliar o que faz sentido para o alcance das metas segundo a Indústria 6.0.
Invista em tecnologia
Em seguida, avalie um investimento em recursos tecnológicos e infraestrutura. Para isso, é preciso atualizar equipamentos e sistemas visando dar o suporte necessário à automação e à conectividade avançada.
Invista em recursos humanos
Como visto, não dá para falar em Indústria 6.0 sem mencionar mão de obra altamente capacitada. Assim, a formação e qualificação de equipes são medidas vitais, preparando os colaboradores para lidar com as tecnologias emergentes e assumir novas responsabilidades.
Reestruture processos da indústria 5.0 para a indústria 6.0
A adaptação de fluxos de trabalho é outro ponto que precisa de atenção. Desse modo, repense as operações e seus processos para aproveitar ao máximo as vantagens da Indústria 6.0. Isso inclui a integração de sistemas e a otimização da comunicação entre diferentes partes da cadeia produtiva.
Traga inovação
Colaborar com startups e empresas de tecnologia é uma forma de acelerar a adoção de inovações a um custo menor, se comparado ao desenvolvimento interno. Essas parcerias permitem acesso a soluções de ponta e facilitam a implementação de projetos para testar novidades.
Pense a longo prazo
A adoção de práticas sustentáveis e o foco na responsabilidade social também devem ser considerados. Portanto, elabore ações de ESG a fim de fortalecer a reputação do negócio e contribuir para um futuro ético e sustentável.
Como você conferiu neste artigo, a Indústria 6.0 é uma evolução da Indústria 5.0. Isso significa mais integração e colaboração humano-máquina, com automação, conectividade e personalização em níveis avançados.
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