As fortes chuvas no Rio Grande do Sul podem acarretar na falta de arroz nos supermercados brasileiros? Descubra e saiba como se prevenir.
O Rio Grande do Sul está enfrentando uma das maiores tragédias já vistas no Brasil. Os habitantes estão sofrendo com diversas perdas, desde entes queridos e itens pessoais, até meios de produção e de trabalho.
E uma outra consequência desta tragédia, que pode afetar o país como um todo, é o impacto na produção de arroz.
O RS é responsável por mais de 70% da produção do item no Brasil, segundo Federarroz – Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul.
Apesar de 84% da área cultivada ter sido colhida antes das chuvas, como informa a federação, a safra 2023/2024 terá uma leve redução, diminuindo a oferta da commodity para as lojas.
Assim, para evitar a falta de arroz nas prateleiras, os varejistas devem tomar certas medidas. Neste conteúdo, você terá 7 dicas para garantir a presença do produto no estoque. Confira!
1. Limitar a quantidade de compra por pessoa para evitar a falta de arroz
O varejo eventualmente usa essa tática para evitar a escassez de determinados produtos. Embora seja uma medida controversa, é importante considerar sua implementação em situações fora da curva, como agora.
Para isso, é preciso comunicar claramente a política de limitação aos clientes. E, ao mesmo tempo, se manter flexível e revisar os limites conforme a situação do mercado evolui.
Ao adotar a prática, o varejista demonstra responsabilidade e o seu esforço para o mantimento ficar disponível ao maior número possível de consumidores, com uma solução coerente e humana
Afinal, por mais que seja uma situação clara de redução de oferta e aumento de demanda, devido ao contexto trágico dessas condições, a prática de aumentos abusivos no preço seria totalmente mal vista pela população e prejudicial à imagem da rede varejista.
2. Comunique-se com os fornecedores
Outro ponto que precisa de atenção especial em momentos como esse está relacionado à conversa franca com aqueles que fornecem a mercadoria.
O que isso quer dizer, na prática? Mantenha canais abertos para discutir prazos de entrega, qualidade do produto e eventuais problemas de fornecimento.
Além disso, estabeleça uma relação de parceria, onde ambas as partes dividam informações e colaborem na resolução de desafios. É o famoso “ganha-ganha”.
O gerenciamento de categoria também é bastante útil nesse momento. O compartilhamento dos esforços para venda pode auxiliar no sucesso das vendas do item.
Agindo desse modo, o supermercado consegue fortalecer os laços com os fornecedores, reduzindo o risco de rupturas de estoque e garantindo a disponibilidade da mercadoria.
3. Preveja a demanda
Ainda que as condições de fornecimento estejam diferentes, o supermercado precisa fazer a sua lição de casa e prever a demanda do período para garantir o abastecimento adequado.
Utilizando dados históricos de vendas, análise de tendências de mercado e considerando fatores sazonais, é possível estimar a quantidade de produtos necessária em diferentes épocas.
Algumas boas práticas, como o uso de ferramentas de previsão de demanda e a comunicação frequente com fornecedores, ajudam a dar precisão para as estimativas.
Logo, com essas ações, o varejista demonstra preocupação com a satisfação do cliente e contribui para a eficácia do negócio.
4. Monitore os estoques para prever a falta de arroz
Outra medida para evitar a falta de arroz está ligada à gestão de estoques do supermercado. Por isso, esteja atento aos níveis do produto, evitando rupturas e mantendo a satisfação do público.
É essencial que lojistas usem sistemas que ofereçam dados em tempo real sobre a estocagem. Dessa forma, será possível acompanhar a disponibilidade do item com frequência.
Implementar alertas automáticos para reposição é mais uma ação que colabora para o varejo agir rapidamente quando os níveis estiverem baixos.
Realize também contagens regulares a fim de manter a precisão dos registros e detectar eventuais discrepâncias.
Vale destacar que manter um controle rigoroso evita perdas, reduz custos e assegura que os produtos estejam disponíveis para os clientes.
Assim, adotar práticas como essas contribui para uma operação mais eficiente e um serviço de melhor qualidade mediante o cenário atípico provocado pelas chuvas.
5. Diversifique os fornecedores
O varejo precisa buscar parcerias com produtores de diferentes regiões do Brasil e de fora do país para assegurar o abastecimento interno.
O governo brasileiro, através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), importou 104.034 toneladas de arroz. O produto deverá chegar aos compradores ao preço de R$ 4 o quilo.
Segundo a Conab, “os estoques serão destinados aos pequenos varejistas das regiões metropolitanas”. Portanto, se a loja está nas localidades atendidas pela medida, essa é uma oportunidade para diversificar o fornecimento.
Além disso, converse com outras empresas que ofereçam a commodity. Avalie a capacidade de entrega, a qualidade do item e a confiabilidade dos novos fornecedores, entre outros aspectos.
Manter uma carteira variada de fornecimento fortalece o negócio, permitindo respostas rápidas a mudanças no mercado, como o atual contexto.
6. Indique alimentos substitutos para amenizar a falta de arroz
Mais uma tática útil nessa situação atípica é a substituição do item. Mesmo que o arroz seja parte importante da dieta do brasileiro, outros alimentos podem ser consumidos no seu lugar.
Ofereça alternativas como massas e grãos integrais, que são versáteis. Apresente os itens de forma clara e informativa, destacando os benefícios e modo de preparo das novas opções.
É importante ajustar a precificação das sugestões a fim de torná-las acessíveis e atrativas. Isso é relevante especialmente porque a troca pode não ser tão popular, está bem?
Com essas ações, o varejo contribui, de modo criativo, para a diversificação da dieta e a satisfação da clientela.
7. Não entre em guerra de preço
Por fim, é sempre válido dizer que a disputa acirrada na precificação nem sempre é um bom caminho.
Então, em vez de competir apenas pelo preço mais baixo, destaque outros atributos — como qualidade, serviço ao cliente e experiência de compra.
Adote uma abordagem competitiva, levando em consideração o valor percebido pelo público e a margem de lucro desejada.
Ademais, mantenha o foco na diferenciação e na criação de valor sem precisar de batalha de preços, que pode ser muito prejudicial à rentabilidade do negócio.
Uma maneira prática e precisa de estruturar o pricing é usando as soluções da InfoPrice — como ISA InfoPanel e IPA Software de Precificação.
Assim, você terá as ferramentas necessárias para monitorar os preços do mercado e ajustar as estratégias de forma inteligente.
Como visto, o abastecimento nacional de arroz foi impactado pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, maior estado produtor. Nesse contexto, a diversificação de fornecedores, previsão de demanda e elaboração do pricing podem ajudar os supermercados a evitar a falta do produto nas prateleiras.
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Incentive a compra de produtos gaúchos
Um dos principais meios de contribuir com a recuperação financeira do Rio Grande do Sul, é estimular a compra de produtos produzidos nesta região.
De acordo com João Galassi, presidente da ABRAS, uma das ações viáveis para incentivar esta compra é incluir “bandeirinhas” de sinalização em produtos gaúchos, para facilitar a identificação por parte dos consumidores.